Minha mais nova descoberta na internet

Depois que minhas rainhas Gloria Gaynor e Cher me convenceram a deixar pra trás definitivamente qualquer ligação com aquele finado relacionamento, eu parti para a caça em Israel.
Não sei se estava indo aos lugares errados, ou estava vivendo sob uma urucubaca mandada pelo EXcosto, só sei que não conseguia pegar ninguém. Eram apenas miragens, que quando eu me aproximava, pluf! desapareciam como em um passe de mágica.
Cansada dos joguinhos idiotas e sem a mínima paciência para investir em isralenses cu doce, eu segui o conselho de uma amiga e entrei em um site de encontros de sexo israelense.
Há uma semana, se alguém me perguntasse se eu transaria com um cara que conheci online, eu diria categoricamente que NÃO. No entanto, perto de fazer 6 meses sem ver um pau duro ao vivo, eu resolvi abrir minha mente e procurar por sexo na internet, sem meias palavras.
Entrei no tal site, que achei via um site de filmes pornô que eu visito regularmente, e no primeiro dia comecei a teclar com um carinha gostoso. Trocamos fotos, conversamos no chat do site e ele perguntou se eu queria ligar pra casa dele. Disse que sim, liguei, conversamos bem abertamente e no final peguei o celular dele para nos vermos no fim de semana. Só adiei tanto porque estava querendo me recuperar de uma gripe que me sequestrou no começo da semana.
Chega a sexta e eu decididíssima a não passar mais um dia sem sexo, mandei uma msg para o dito cujo à tarde. Ele já respondeu logo dizendo que depois de jantar com os pais, estaria livre. Nada daquele joguinho idiota de gato e rato que os carinhas que encontro na balada fazem. Tão bom já ter tudo declarado. Vocês dois querem sexo, já tá tudo certo, pronto. Risco de querer uma coisa e não rolar = ZERO.
Claro que eu morria de medo do cara não ser nada daquilo que eu vi nas fotos. Claro que eu morria de medo do cara ser um tarado que me batesse. Normal ter medo, mas depois de tanto tempo, eu já quase virando virgem de novo, fodam-se todos os medos.
Sexta à noite, peguei um táxi pra casa do figura. Fiquei tentando convencê-lo a vir pra minha casa por preguiça de sair e por pãodurice. Depois pensei: o que é pegar um táxi pra transar com um gostoso, pra quem já pegou um avião pra morar em outro país com um cara que não estava nem à altura da unha do meu dedo mindinho do pé? Jogar uma transa fora não está no meu DNA.
A viagem foi uma coisa de filme: o taxista não sabia onde era a rua e tava todo enrolado perguntando pelo rádio onde era a tal rua, e eu sem poder explicar. Quando cheguei lá, liguei pra ele, que veio me encontrar na calçada. Quando vi que ele era baixinho, juro que meu tesão diminuiu uns 50%. Quando o negócio é sexo eu prezo quase que exclusivamente pela estética em alto grau, o que significa: homem alto, bonito de rosto, com mãos grandes, se possível um nariz estilo Adrien Brody, magro sempre e mais um monte de coisa. Claro, se o lance é físico é só sobre isso que tenho que pensar.
Continuando...
Ele se aproximou pra dar os dois beijinhos e eu senti como ele estava cheiroso. Nossa, que delícia!
Mesmo desanimada com altura, me animei com aquele cheiro bom e ao ver a bunda que estava ali dentro daquela calça branca, ai, ai, ai!!!! Inesperadamente me bateu uma timidez leve, mas eu fui logo tratando de despachá-la. Fomos pro quarto dele - com velinhas acesas, super cheiroso, uma cama super atraente cheia de travesseiros. Ele perguntou se eu queria beber alguma coisa e a vontade que eu tive foi de dizer "Vodka pura", mas por causa do antibiótico eu falei "Água". Que merda! Mas saúde é coisa séria. Ele me ofereceu Nestea, eu aceitei. Daí sentei na cama, começamos a conversar. Eu ainda meio errada. Mas logo fui descontraindo e uns 2 minutos depois eu já estava deitada, porque eu não resisto a camas fofas e cheias de travesseiro. Deito até em cama de loja de móveis :D Generooooooooosa!!!
Ainda conversamos mais um pouquinho deitados, eu já me aproximando. Até que em uma pausa no papo, eu me aproximei e o beijei. Aí começou o fight hehe!
Eu nem estava acreditando que finalmente, depois de quase 3 anos transando com um homem só, a fila estava andando. E como foi bom!!! O cara adora mudar de posição, faz tudo o que se possa querer, porém é muito ariano no ritmo - movimentos muito rápidos. Eu tinha que ficar pisando no freio de vez em quando. Tem coisas que só são boas se feitas devagarzinho, né?
Mas isso não estragou nada. Eu tive o que queria, ele também. Depois quando vi que ia bater aquele sono pós-orgasmo (não é só homem que capota depois), eu decidi ir pra casa. Queria dormir na minha caminha, toda só pra mim (espero só dividir minha cama para transar, nada mais).
Voltei pra casa cantando, leve, sorrindo à toa.
Um alívio, toda aquela energia acumulada liberada.
O ano de 2010 começou finalmente para a Aurora solteira. Ah, a propósito, ele não sabe meu nome verdadeiro :) Total dark side of the moon! Adoro!!!!
Viva a liberdade! Viva a internet! E viva o SEXO PELO SEXO!
Como já diria minha amiga basca, "sexo quando é ruim é bom, e quando é bom é ótimo".

A Criação da Solteirice

E no sétimo dia, depois de ter criado o mundo todo, Deus resolveu se dedicar à sua última obra-prima.
Assim, Ele criou a SOLTEIRICE.
Ao ver o que criara, Deus viu que isso era bom.
Tão bom, que para que todos pudessem desfrutá-la em toda a sua plenitude na Terra, Ele ordenou que o sétimo dia fosse um dia de descanso.
Porém, o homem desobedeceu ao Criador e inventou o relacionamento estável e o casamento, o mais grave dos desrespeitos à obra divina.
E muitos são os que, gerações após gerações, não sabem porque sofrem após tomarem essas decisões.
Como sempre, a Criatura não é capaz de entender a magnitude da obra divina.
Eu errei, mas me arrependi. E Deus me presenteou com uma bela noite de sexo ontem.

O Banco de Dados

Eu acabei de pensar em uma coisa que poderia revolucionar o mundo dos relacionamentos e acabar com a folga dos homens desqualificados. Claro que isso se conseguíssemos ser éticas e imparciais... Difícil, né?
Nós deveríamos ter um banco de dados contendo informações sobre os caras que já passaram pela nossa vida, estão passando ou ficaram. Conteria informações valiosas que ficariam visíveis para todas que ingressassem na rede. Que informações forneceríamos? Tudo o que julgássemos necessário passar para as outras, como: tipo de relacionamento (ficada, namoro, tico-tico no fubá, amizade colorida, etc), grau de fidelidade, como é o sexo, como é o beijo, por que o relacionamento terminou, bons e maus momentos com o dito cujo, tamanho do instrumento (para quem gosta de falar, pois eu acho antiético. A menos que seja algo realmente chamativo), manias, defeitos, qualidades, como é a família, etc, etc, etc...
Qual seria a vantagem? Evitar se enrolar com um mala, evitar entrar numa roubada, saber mais ou menos quais os desafios que enfrentaria num relacionamento com o dito cujo, saber como reagir diante de certos comportamentos e demandas, e principalmente se o cara estava ficando com mais de uma ao mesmo tempo. Isso teria mais importância no caso de homens comprometidos que saem dando suas puladas de cerca e as gurias nem sabem.
É ou não é uma idéia genial? Claro que para pôr este poderoso banco de dados em prática seria necessário pensar em muitas coisas. Essas são apenas as linhas gerais. Seria muito difícil garantir que só as mulheres teriam acesso a tal rede, pois se começassem a entrar homens já acabaria a festa. Outra dificuldade seria obter informações precisas e imparciais das mademoiselles em um período de fúria contra o companheiro ou nos dias de hormônios alterados.
Claro que posteriormente eu criaria também a versão homosexual masculina e feminina.
Ai, está complicando muito, mas eu realmente queria desenvolver o projeto e implantá-lo. Seria a revolução dos relacionamentos da era moderna.
Será que um dia esse banco de dados será realidade?

Rafaella e a LIRA

Rafaella e a LIRA

Finalmente me apresento e aproveito para falar um pouco da LIRA, afinal a Rafaella esta contida na Lira assim como a Lira na Rafaella.

Eu, Rafa, sou a parte pragmática da Lira, a idéia do Blog surgiu depois de eu perceber que já estávamos no e-mail 45 de um tema comum e não fazia nem 2 horas que o primeiro e-mail tinha sido enviado.... Imaginem ao longo dos últimos 6 anos o material que já tínhamos produzido. Na minha lógica, não fazia sentido algum tanta sabedoria, especulações e elocubrações serem apenas arquivadas na pasta LIRA do meu gmail.

Coloquei no ar a idéia de publicarmos algumas coisas...estamos no começo e ainda com uma lógica caótica. Eu nunca escrevi mais de 3 linhas para qualquer coisa da internet, tipo comentários em fóruns, blogs, grupo de discussões... assim que o DELIRA é minha inauguração e vocês vão ter que ter paciência com minha falta de prática na escrita!

Sobre a Lira, é melhor eu explicar: LIRA é uma mistura de AuroRA, LIz, LIlush, RAfaela, GloRiA, somos amigas há muito tempo e todas nós morávamos em Florianópolis. Eu fui a única que fiquei em Terra Manés...

Conheço a Liz desde a barriga da minha mãe, a Lilush foi a primeira pessoa que conheci logo que cheguei à ilha em 94. Glória foi minha colega na faculdade junto com Liz e Lilush, e Aurora foi a última a se juntar ao grupo, mas foi muito bem recebida e é parte fundamental no grupo por ser a única não psicóloga ( Aurora é tão importante ao grupo como JUNG era na turminha de Freud! ;-) Aqui ela se faz importante para que a LIRA não se torne uma identidade única e exclusiva de psicóloga. ( Diga-se de passagem, que imagem chata essa de psicóloga, hein?)

Em relação à Rafa em sua individualidade, seus gostos, desejos, temperamento... tudo isso eu estou descobrindo aos poucos, sei que gosto do que é genuíno, autêntico e espontâneo. Tendo estas qualidades posso transitar em uma porção de universos e me sentir "em casa". Às vezes me assusto comigo mesma e até parece uma esquizofrenia a quantidade de facetas que podemos ter!

De todas as facetas, existe uma mais presente. Eu a chamo de "Encosto Charlote" ou "Síndrome de Princerela" contra a qual eu luto todos os dias, mas é difícil se livrar... São anos de lavagem cerebral e contos de fadas que nos induzem a buscar aquele amor romântico, o príncipe encantado, e para piorar encontrei por minhas andanças muitos "alimentadores" deste encosto. Escreverei mais sobre isso em outros momentos.

Me despeço agora e até o próximo post!

Rafa.

O HINO "I WILL SURVIVE"

De todas nos, eu sou a unica experenciando uma dolorosa separacao neste momento. A pior, a mais lenta e a mais dolorosa da minha vida. A gente tenta se livrar de se apaixonar, de sofrer, de se envolver, da um duro danado para evitar essas coisas e suas consequencias, mas nao tem jeito, um dia acontecem.
Minha mae sempre me dizia isso e eu, como sempre, dizia que nao ia deixar que isso acontecesse. Segundo ela, eh inevitavel um dia se apaixonar, sofrer com o coracao partido e todas essas merdas que so entende quem ja amou (verbo no passado, observem, afinal no gerundio ou no presente eh so alegria).
Ja estou morando so ha exatos 3 meses (amanha eh o terceiro aniversario da minha alforria), mas so agora estou sentindo a verdadeira dor da separacao. No inicio foi triste, doloroso tambem, mas como mantivemos contato, nos viamos sempre, nao mudei minha rotina de ir jantar na casa do pai dele nas sextas, tudo parecia sob controle. Estranhei que nao pus a minha " Dor de cotovelo playlist" para tocar, tive poucas crises de choro, enfim, estava levando tudo numa boa ate o golpe da sexta.
Era previsivel que uma hora aconteceria. A sabedoria que diz "Ex nao eh amigo" nao eh a toa. Eu, como sempre, querendo contrariar a lei da natureza, segui em frente, quis manter a amizade por ainda nao me sentir pronta para cortar o elo totalmente, mesmo sentindo um cheirinho de tragedia no ar, como os animais pressentindo um terremoto. Teimosia, teimosia, teimosia... Eh uma merda ser taurina as vezes... Eu precisava passar por isso para finalmente ter odio mortal no corpo e na alma, e assim tomar a coragem de me afastar.
Desde sexta estou num estado anormal. Ontem estive bem melhor, mas hoje ja amanheci de ovo virado e tive mais uma crise de choro no trabalho (odeio pagar esse mico de chorar em publico, mas eh mais forte que eu). Felizmente nao me faltam pessoas racionais e amigas para me dar bons conselhos.
Eh nessas horas que a gente comeca a usar drogas do tipo Roberto Carlos (pra mim eh uma droga perigosissima). Mas calma, eu so usei 2 doses (Detalhes e Outra vez), uma unica vez. Como medo das consequencias que essas substancias podem causar, resolvi procurar coisas mais light. No sabado a noite eu lembrei que um pouco de Don't think of me, da Dido nao seria nada mal (quem nunca prestou atencao aquela letra, ouca agora e preste atencao. Eh otima!)
Hoje eu pensei na divina "I will survive" (http://www.youtube.com/watch?v=ZBR2G-iI3-I). Essa musica eh o Hino da recostrucao pos-separacao. E nao eh dessas que poe a pessoa pra baixo. Eh daquelas que te ajudam a erguer a cabeca e seguir em frente, como diz a frase
"I used to cry!But now I hold my head up high.
And you see me somebody new!
I'm not that chained-up little person still in love with you."
Eh o maior apoio moral para se sair bem de uma dor de cotovelo.
A parte que achei a nossa cara foi "So now you're back from out of space". Parecia escrito por uma de nos falando de um daqueles caras que reaparecem do nada nas nossas vidas.
Bem, devido ao teor alcoolico que corre em minhas veias, devo me retirar para evitar constrangimentos linguisticos e logicos.
Boa noite!

Aurora

Glossario da Lira I: O que é hologramar ?

Glossario da Lira I: O que é hologramar ?

Como vocês já devem ter percebido a Lira tem alguns vocabulários próprios, elaborados a partir de nossas vivencias . HOLOGRAMAR é um dos verbos necessários para se entender a LIRA.

Vale dizer que todas nós hologramamos muito, e inventar este verbo já é um ato de hologramar. Para quem não sabe um holograma é um objeto que possuí ama característica única: cada parte deles possui a informação do todo. Assim, um pequeno pedaço de um holograma terá informações de toda a imagem do mesmo holograma completo, também é um objeto que não tem foco, pois irradia para todos os lados dependendo da irradiação.

Desta forma decidimos que quando estamos hologramando significa que estamos fazendo qualquer coisa em qualquer direção e que não tem de antemão nem um plano , foco, ou propósito especifico.

Assim quando saímos de casa sem propósito algum e alguém pergunta para onde você vai ? A resposta é : hologramar por aí, isto se o propósito é apenas ficar a toa irradiando para simplesmente qualquer lado onde há qualquer luz.

A própria produção deste blog é um ato de hologramação !!

LIZ

Sou Glória

Oi, quero me apresentar. Sou Glória, tenho 32 anos. Inspirada no estilo de vida florianopolitano, se vocês me perguntarem o que eu faço da vida eu digo: "sou solteira" (lá muitos responderiam: eu moro na Lagoa rs). Mas tudo depende e é relativo. Se a pessoa que pergunta é do sexo masculino, interessante, acima de 1,80 e abaixo de 35 anos, eu respondo: faço o que você quiser! Além disso, sou dispersa e generosa. Mantenho minha identidade secreta trabalhando numa ONG e estudando (não me pergunte sobre minha tese! Não aqui rs).
Para mim a A LIRA é pura subversão, não importa se estamos falando de sexo, drogas, casamento ou etc. Por isso que venho de-lirando e hologr-amando, porque é a forma que encontro de me manter saudável (leia-se louca) para bem representar a LIRA na cidade em que moro!
O conteúdo expresso neste blog é uma obra de ficção e mania. Qualquer semelhança com fatos, cidades, personagens, apelidos ou bonecas infláveis, acreditem, é mera hologramação.
Beijos!
Glória

"Como identificar um egoísta/auto-centrado de plantão!"

"Como identificar um egoísta/auto-centrado de plantão!"

Depois de um super intensivo com um namorado meu e também convivendo com as estórias de egoísmo masculino das minhas amigas, posso dizer que fiquei craque. No auge de minha solteirice aguda, identifico rápido um homem egoísta ou com tendências e traços "umbigóides".

O mecanismo é simples: Uma vez identificado o tipo umbigóide, ele aciona em mim lembranças de um passado recente. O corpo libera substâncias desagradáveis, o que provoca uma reação quase instintiva de CORRER MUITO na direção OPOSTA à dele". kkkk

Vejam se concordam comigo e me ajudem, somos eu acho todas PHd nisto. Situações:

1. Você está preparando um almoço com seus amigos e, na hora de servir a comida, o cara pega a cadeira, senta e começa a se servir. Detalhe: isto não seria nenhum problema se não fosse SÓ ele que estivesse fazendo isto. Todos os seus amigos estão ainda preocupados se tem cadeira e lugar para todo mundo. Coletivo é uma palavra que não existe no dicionário destes tipos péssimos! Nem coletivo, nem fazer uma trilha JUNTOS, um projeto JUNTOS, e etc. nem nada que exija dele o difícil ato de VER o seu semelhante.

Amigas queridas, qualquer semelhança com fatos ou personagens não é mera coincidência né? kkk

2. Você conhece um gatinho na noite e rola um papo legal...ele começa falando da vida dele e você jura que chegará a sua vez. Por mais interessante que o cara seja, se você não teve que responder a nenhuma pergunta feita por ele, peça licença e vá viver sua dispersão. Como diz a Liz, uma boa saída é perguntar ao bofe: "Você se incomoda de continuar falando sozinho?". É muito sábia esta pergunta, quase uma releitura pós-moderna das frases: MEU OUVIDO NÃO É PINICO!

3. Você conheceu o gato, foi tudo de bom mas ele gozou antes, muito antes do que você. Rolou aquela frustração...

Se ele vier com a máxima masculina de que "você é que me deixa louco" (jurando que está arrasando te dizendo isto) e se der por satisfeito, fazendo com que você se sinta a mais ninfomaníaca e insaciável das mulheres, eu cairia fora.

Tudo bem, mas você ainda acha que vale o segundo encontro depois de uma DR sem R, ok. Já insisti em homens que não tem muito controle de seu gozo porque achei que poderia ser didática, ensinar algo para eles sobre o conceito de ENCONTRO sexual (o bom encontro é de dois, não é?)...e...não costumo ser otimista, então pra mim a fórmula "gozou e acabou" é muito "estar nem aí" para você, ou é muito ter uma visão não legal do que seja sexo e isto...tô fora.

4. Você conheceu o cara e gamou na verdade. No outro dia mandou uma música linda para ele por email. Ele te responde: "adorei a música, acho que tem tudo a ver comigo. Vou procurar uma para te mandar. Bjo". Precisa dizer mais alguma coisa? Neste caso a música nunca chegou e é claro, porque "O homem que diz "dou" não dá
Porque quem dá mesmo não diz. O homem que diz "sou" não é. Porque quem é mesmo é "não sou". Esta é fácil né?

5. Egoístas e auto-centrados não enxergam direito nem ouvem bem e, muitas vezes, são confundidos com os tipo Blasê e sérios. Cuidado! Podem ser variações da mesma espécie perigosa que eu acho o óóóóóó. Mais cedo ou mais tarde, por mais maravilhosa que sejamos (e somos uhuuuuuu! kkkkk), estes tipos farão sim mal à nossa saúde. Não subestimem a capacidade deles de mascarar seu egoísmo. Homens egoístas e umbigóides causam sequelas. Eu fujo deles!

É por essas e outras que amo os homens carinhosos, atenciosos e que se tornam ainda mais viris porque sabem que uma coisa não exclui a outra. Presto uma homenagem sincera a todos que conheci, e que me fazem sempre acreditar que há muitas e deliciosas formas de ser homem na atualidade. Oxalá!!!

Gloria

SOBRE ESTAR SOZINHO

Este texto nao eh meu, eh do Flavio Gikovate. Decidi inseri-lo aqui, pois eh muito bom. Divirtam-se!


Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o início deste milênio. As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor.
O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.
A idéia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo está fadada a desaparecer neste início de século. O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos.
Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher; ela abandona suas características, para se amalgamar ao projeto masculino.
A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de fazer o que eu não sei. Se sou manso, ele deve ser agressivo, e assim por diante. Uma idéia prática de sobrevivência, e pouco romântica, por sinal.
A palavra de ordem deste século é parceria.
Estamos trocando o amor de necessidade, pelo amor de desejo. Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.
Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas, e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas. Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras.
O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fração. Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem.
O homem é um animal que vai mudando o mundo, e depois tem de ir se reciclando, para se adaptar ao mundo que fabricou.
Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo.
O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral.
A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado. Visa à aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguirem trabalhar sua individualidade. Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva.
A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa.
As boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem. Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado. Cada cérebro é único. Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém.
Muitas vezes, pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto.
Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal.
Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não a partir do outro.
Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.
O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável.
Nesse tipo de ligação, há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado.
Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo...

Sobre os feios

Minhas amigas Lilush e Liz escreveram um texto sobre nao ficar com feios e eu tambem tenho o que dizer sobre os feios. A primeira coisa eh que sou uma seguidora da ideia do Vinicius de Moraes - Os feios que me perdoem, mas beleza eh essencial. A frase original eh no feminino, mas me dou o direito de flexiona-la para adequar ao texto.
Porem, ha alguns anos a vida me fez engolir o que eu dizia e fazia pondo-me diante de um cara super inteligente, 10 anos mais velho que eu (para eu queimar a lingua tambem, pois sempre preferi os mais novos), gringo, mas FEIO. Desde que o conheci, percebi que ficara interessado em mim. Saimos e eu me dizia o tempo todo que nao ficaria com ele, pois era FEIO. So que ele foi tao especial me pedindo um beijo (Would you mind if I kiss you? - lembro ate hoje e ainda tremo so de lembrar), que eu pensei que nao tinha nada a perder. E nao tive mesmo. O beijo dele era como uma magica, juro que quase ouvi sininhos tocando. Do beijo para a cama foi tao rapido que nem me lembro como passamos para la (estavamos na varanda do meu ap quando rolou o beijo). Se o beijo foi bom, o sexo foi algo inesquecivel. Primeiro que o cara adora fazer sexo oral, ai, ai, ai! Oscar pra ele! Gozei umas varias vezes e praticamente nao dormimos.
Foi uma coisa magica. Tao bom, que quando no papo entre uma transa e outra ele me disse que era casado, eu fiquei chocada so por uma meia hora. De que importava ele ser casado se estava ali me comendo tao bem? O cafajeste que tenho em mim sempre fala mais alto. Alem do mais, ele nao morava no Brasil e nao existe pecado do lado debaixo do Equador, todos nos sabemos, ne?
Depois dele, eu comecei a ser um pouco mais flexivel se um cara feio, mas inteligente e interessante me aparecia. Foi assim que fiquei com o meu ex (o que esta amaldicoado no texto anterior). Eu nao fui atraida por sua beleza fisica no comeco, so pelos olhos verdes magicos, mas o rosto em si eu nao achava bonito. Numa epoca anterior, jamais teria dado chance a ele.
A partir do primeiro feio, eu conclui algumas coisas:
- um cara feio, ele tem que ser MUITO, mas MUITO LEGAL, pois se a beleza nao favorece, tem que convencer pela simpatia;
- um cara feio tem que ser MUITO BOM DE SEXO, pois quem eh bonito pode ficar feio, mas um cara bom de cama nao desaprende e a gente nem ve mais a feiura dele;
- um cara feio tem que ter conhecimento ou ser inteligente, pois toda beleza desmorona diante de uma conversa idiota. Alem do mais, so vai ficar com as melhores mulheres, ou seja, as inteligentes;

E para nos, a vantagem de ter um feio inteligente e que depois a gente comece a achar bonitinho (a paixao muda ate a percepcao estetica muitas vezes), eh a tranquilidade de nao ter um batalhao de mulheres olhando e dando em cima do nosso bofe.

Sobre a opiniao da Liz e da Lilush sobre a auto-estima e outras coisas, eu acho que tanto os feios quanto os bonitos tem os mesmos problemas. Todo homem eh inseguro, eh so pormos um pouco no canto da parede, ou falar de positivamente de algum outro homem, que ja vemos as pernas deles tremendo. Outra coisa: se o cara quiser te por para baixo, ele vai fazer isso se for lindo tambem. Isso eh uma questao de natureza, nao de beleza. Acho ate que eh mais facil um bonito se achar mais e por isso quererem por a parceira pra baixo.

Nao estou querendo dizer que prefiro os feios. Como disse no inicio, beleza eh fundamental. Mas hoje eu tenho flexibilidade para olhar mais atentamente um homem interessante, mesmo que venham em uma embalagem nao muito bonita. Mas nada de caridade, pois nao tenho a minima vocacao para Madre Teresa de Calcuta. Numa bebedeira ate que se tolera, pois a visao foi afetada e isso tem perdao. No resto, so se deve ficar com um feio se ele tiver um "je ne sais quoi" que te faca ficar num estado de "je ne sais pas".

AURORA